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Oportunidades para o Brasil na crise
Especialistas reunidos pelo ‘JB’ e pela ‘Gazeta Mercantil’ indicam vias para superação da turbulência
Comércio exterior diversificado, substanciais reservas petrolíferas ainda não completamente dimensionadas na plataforma continental e acesso a tecnologias capazes de potencializar o avanço social mediante difusão de informações são fatores que, embora não imunizem o Brasil contra os efeitos da maior turbulência econômica de 50 anos, deixam o o país em posição quase privilegiada nesta conjuntura de dificuldades. Para o inventário dessas possibilidades e esboço de estratégias desenvolvimentistas, o Jornal do Brasil e a Gazeta Mercantil reúnem hoje, na Escola Superior de Guerra (ESG), uma constelação de especialistas para um dia inteiro de exposições e debates.
O empresário Luiz Cezar Fernandes, que acaba de associar-se no controle das operações brasileiras do Dresdner Bank, alinha-se no grupo dos mais otimistas: entende que a consolidação da liderança mundial de Barack Obama vai acelerar a recomposição da economia americana, favorecendo o Brasil na sua condição de um dos maiores fornecedores do mundo. Por isto, já antevê início de recuperação que pode fazer o país fechar 2009 até com um crescimento de 1,5% no PIB.
Ivan Ramalho, secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior, encara uma redução da ordem de 20% na balança comercial do país, mas destaca a menor vulnerabilidade do Brasil face à diversidade de sua pauta e de clientes mundiais.
Já Marcello Hallake, presidente do Comitê Inter-americano da Ordem dos Advogados de Nova York, frisa que o Brasil está relativamente bem, se comparado a outros países afetados pela crise, e tem papel importante a desempenhar no desenho de uma nova arquitetura financeira internacional.
Diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima falará no primeiro painel do en contro de hoje na ESG, destacando que o setor de petróleo e gás, apesar da crise, continua sendo uma das alavancas para o desenvolvimento brasileiro, como pólo de atração de investimentos, geração de emprego, desenvolvimento tecnológico, reforço da soberania nacional.
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